Governo do Distrito Federal
1/03/23 às 17h43 - Atualizado em 29/03/23 às 17h30

A natalidade no DF entre 2000 e 2016

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Data: Maio/2019

 

Resumo:

A caracterização da natalidade é relevante tanto sob o ponto de vista demográfico, dado o seu impacto sobre o tamanho e a estrutura etária da população, quanto na saúde, por fornecer subsídios para a formulação de políticas públicas que permitam definir ações prioritárias na atenção à saúde da mulher e do recém-nascido. Por conseguinte, este trabalho tem por objetivo analisar a evolução da natalidade e da fecundidade no Distrito Federal, entre 2000 e 2016, com base nos dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde. Os resultados apontam a queda expressiva nos níveis da natalidade e fecundidade, tendo a Taxa de Fecundidade Total (TFT) alcançado o valor de 1,69 filho por mulher no final do período. Essa queda na intensidade da fecundidade é acompanhada por uma mudança na estrutura etária com o adiamento do momento de ter filhos para idades mais avançadas. O DF apresenta no período mais recente uma fecundidade dilatada e muito tardia, com o máximo do período reprodutivo entre 20 e 34 anos. Observa-se também que a estrutura etária das mães está associada à escolaridade e à raça/cor da mãe. Mães negras e as com menor nível de escolaridade têm filhos com idades mais jovens do que mães brancas ou com maior nível de escolaridade. São analisados também as características da gestação e do parto e os fatores de risco associados à mortalidade infantil, como a prematuridade, o baixo peso ao nascer e as anomalias congênitas. Entre esses resultados destaca-se o aumento da proporção de partos cesáreos, que alcançou 55% em 2016. Essa proporção é mais do que o dobro na rede privada (cerca de 90%) quando comparada com a rede pública (40%) e também é muito maior entre mães com maior escolaridade. Destaca-se, ainda, em relação aos fatores de risco que prematuros ou nascituros de baixo peso correspondem a cerca de 10% dos nascimentos, e que a presença de anomalias congênitas é notificada em 0,6%. Esses resultados são importantes subsídios para ações públicas visando à melhoria da atenção à saúde de mulheres e de recém-nascidos no Distrito Federal, tendo como meta o cumprimento do terceiro objetivo de desenvolvimento sustentável, no qual se pretende reduzir as mortes evitáveis de recém-nascidos até 2030.

 

Link para a notícia:

A Natalidade no DF entre 2000 e 2016

 

Produtos da pesquisa:

Texto para discussão Sumário Executivo

https://doi.org/10.29327/5131306

 

 

 

 

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