(25/04/2012 – 13:19)
A Companhia de Planejamento do DF, a Secretaria de Trabalho e o Dieese divulgaram dia 25/04/2012 , os dados do mercado de trabalho no Distrito Federal, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.
O aumento da taxa de desemprego de 12,4% em fevereiro para 13,3% em março ocorreu, principalmente, devido à eliminação dos postos de trabalho (-10 mil) com as demissões de trabalhadores temporários, por exemplo, e do pequeno aumento da população economicamente ativa (4 mil pessoas). A construção civil também interfere nos resultados apurados. Em função do tempo chuvoso, as obras ficam paradas e as contratações dos funcionários são realizadas posteriormente.
No mês em análise, com variação negativa do nível ocupacional (-0,8%), o número de ocupados foi estimado em 1.235 mil. Esse resultado deveu-se à redução nos serviços (-1,7% ou 11 mil postos), indústria (-2,4% ou 1 mil postos), construção civil (-1,4% ou 1 mil postos) e em outros setores (-4,1% ou 4 mil postos), movimentos atenuados pelo aumento de postos de trabalho nos setores de comércio (3,6% ou 7 mil novos postos de trabalho) e administração pública (0,5% ou 1 mil novos postos).
Segundo posição na ocupação, o número de assalariados no DF diminuiu (-1,0%), resultado do desempenho negativo no setor privado (-1,2%) e no setor público (-0,4%). O total de assalariados no setor privado com carteira assinada diminuiu (-1,7%), enquanto o sem carteira assinada aumentou (1,0%). Houve estabilidade entre os autônomos e retração nas demais posições (0,6%).
A presidente da CODEPLAN, Ivelise Longhi, ressaltou que a situação do desemprego é típica, mas em contrapartida o rendimento médio dos ocupados aumentou (5,3%). “Isso movimenta mais a economia, juntamente com a redução nas taxas de juros e com as ações da Secretaria de Trabalho. Esta pesquisa serve como um alerta para o governo. Nós precisamos identificar os tipos de programas a serem implementados de acordo com as diferentes necessidades da nossa população”, afirmou.
Para Clóvis Scherer, supervisor do Dieese DF, o comportamento é bastante semelhante ao do ano passado. “É de se esperar que a partir de agora haja uma redução na taxa de desemprego se a economia se comportar normalmente”, disse.
Max Coelho, subsecretário do Trabalho, argumentou que houve uma diminuição no emprego oculto. “Isso quer dizer que existe hoje um menor número de pessoas trabalhando precariamente, fazendo bicos para sobreviver. Já estamos buscando ações específicas para os diferentes grupos da população”, defendeu.
Segundo Júlio Miragaya, diretor da CODEPLAN, o aumento do rendimento é consequência, principalmente, do assalariado do setor público. “Para a economia isso é positivo, mas a diferença entre os rendimentos no setor público e privado são grandes e isso é preocupante”, disse.Salvar
Adalgiza Lara, coordenadora do Dieese, explicou os destaques da pesquisa, defendendo que o aumento da taxa é um comportamento típico para o período.
Confira, no link abaixo, a pesquisa na íntegra:
Foto: Toninho Leite
Ascom/Carolina Goulart
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