Data: Fevereiro/2021
Resumo:
Este estudo discute aspectos do fenômeno da gravidez na adolescência no Distrito Federal, como o perfil demográfico das jovens grávidas e as características epidemiológicas do nascimento de seus filhos. As análises foram realizadas a partir de dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), de 2000 a 2016 e da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (PDAD) de 2018. Para este estudo, considerou-se o conceito da Organização Mundial de Saúde da adolescência como a fase entre a infância e a vida adulta, especificamente compreendida entre os 10 e 19 anos. Como repercussões da gravidez, no aspecto biológico, a gravidez na adolescência apresenta maiores riscos ligados à gestação, ao parto e à criança. Este estudo evidencia que no DF a ocorrência de gravidez na adolescência, desde 2008, está abaixo da proporção nacional. O estudo também revela que esse fenômeno se encontra mais evidente entre as meninas de 15 a 19 anos. Entretanto, é possível notar ainda, tanto no DF como no Brasil, a persistência de gravidez de meninas de 10 a 14 anos. Outros destaques que o estudo trouxe foram: i) houve aumento da participação de nascimentos com quantidade de consultas pré-natal adequada entre mães adolescentes; ii) a ocorrência de partos vaginais entre mães adolescentes é consideravelmente maior que entre as mães adultas; iii) a frequência de nascimentos prematuros e de bebês com baixo peso de mães adolescentes é maior do que entre mães adultas; iv) a taxa de mortalidade neonatal precoce entre nascimentos de mães adolescentes é consideravelmente superior aos nascimentos de mães adultas; e v) as taxas de mortalidade materna entre mães adolescentes são baixas no DF se comparadas ao Brasil. Já em relação ao perfil dessas mães adolescentes no DF, é possível observar que: i) 7,2% das adolescentes de 14 a 19 anos que moravam em regiões administrativas de média-baixa renda eram mães; esse percentual, nas regiões de alta renda, foi de 1,6%; ii) 81% eram negras; iii) 17% eram casadas ou estavam em união estável regularizada em cartório; iv) 35% eram responsáveis ou companheiras de responsáveis pelo domicílio e 54% moravam na mesma residência que seus parceiros; e v) 69% não estavam no ensino formal e 17% estavam ocupadas no mercado de trabalho. Este estudo ainda apresentou uma série de possíveis ações para enfrentamento da gravidez na adolescência elencadas pela literatura da área.
Link para a notícia:
“Codeplan divulga estudo sobre gravidez na adolescência no Distrito Federal“
Apresentação dos resultados:
Produtos da pesquisa:
Estudo | Sumário Executivo | |
![]() |
![]() |
Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal
Setor de Administração Municipal – SAM, Bloco H, Setores Complementares – CEP: 70.620-080 E-mail: [email protected] Telefone: 3342.1105/3342.2222