Governo do Distrito Federal
12/12/22 às 19h46 - Atualizado em 12/12/22 às 20h33

IPEDF publica análise comparativa do DF em 2018 e 2021

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Nesta segunda-feira (12), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) publicou o relatório comparativo da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2018 e 2021, além do sumário executivo da análise. A PDAD é realizada bianualmente e visa levantar informações demográficas, sociais e econômicas dos moradores, além de características dos domicílios, infraestrutura urbana e serviços públicos.

 

Considerada o principal instrumento para conhecer detalhadamente o Distrito Federal e suas 33 regiões administrativas (RAs), com a PDAD é possível analisar o perfil da capital federal ao longo do tempo, permitindo a construção, o aperfeiçoamento e a expansão de políticas públicas que buscam melhorar as condições de vida da população.

 

Em razão da dinâmica habitacional do DF nas duas edições, alguns resultados devem ser interpretados com cautela já que não refletem exatamente a mesma área de cobertura. Na PDAD 2018, além de haver apenas 31 RAs (posteriormente adaptadas para 33 com desagregação de Arniqueira e Sol Nascente/Pôr do Sol), a cobertura foi menor visto que áreas como a 26 de setembro em Vicente Pires e o Morro da Cruz em São Sebastião foram incluídas depois.

 

Em 2018, a PDAD contabilizou 2.881.900 habitantes no Distrito Federal. Em 2021, esse número passou para 3.010.881. Foi observado uma ampliação do topo da pirâmide etária, indicando aumento da população idosa, com destaque para a população feminina, devido a maior expectativa de vida.

 

 

Trabalho e renda – Entre as duas edições da pesquisa, houve redução da População Economicamente Ativa (pessoas ocupadas ou desempregadas). Em 2018, 61,4% da População em Idade Ativa (pessoas com 14 anos ou mais) estava economicamente ativa. Em 2021, esse percentual caiu para 58,9%.

 

Quanto ao rendimento do trabalho principal, o maior grupo era o de trabalhadores que recebiam mais de R$ 1.000 até R$ 2.000 em ambos os anos, correspondendo a 39,5% em 2018 e 39% em 2021. Em média, a remuneração mensal do trabalho principal passou de R$ 4.116 para R$ 3.908, uma queda real de -5%.

 

Tanto em 2018 quanto em 2021, a maioria dos domicílios tinha uma renda de R$ 2.000 até R$ 5.000 (33,8% e 33,2%, respectivamente). Em média, o rendimento domiciliar passou de R$ 7.396 para R$ 6.936, uma queda próxima de -6%. Em resumo, pode-se afirmar que a pandemia contribuiu para o desgaste na renda da população do Distrito Federal.

 

 

Domicílios – A pesquisa contabilizou 883.213 domicílios particulares ocupados em 2018 e 963.812 em 2021, sendo a maioria deles casas (68,9% e 63,6%, respectivamente), seguidas por apartamentos (28,7% e 33,7%, respectivamente), que cresceram exponencialmente entre as duas edições, sugerindo uma verticalização que pode ser observada principalmente no Guará e em Águas Claras. Moradias populares como Riacho e Paranoá Parque, Crixás e, futuramente, Itapoã Parque, contribuíram para a verticalização.

 

Em 2018, 89,9% dos domicílios tinham acesso próprio à internet. Já em 2021, esse percentual chegou a 95,5%. Somando os domicílios com acesso próprio e compartilhado com outros domicílios, é possível afirmar que o acesso à internet está praticamente universalizado no Distrito Federal.

 

Infraestrutura urbana e serviços públicos – No que se refere ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e fornecimento de energia elétrica, observou-se aumento na cobertura dos serviços, com percentuais acima de 90% nas duas edições. Sobre o recolhimento de lixo, 80,9% dos domicílios em 2018 e 95% em 2021 eram atendidos por serviço de coleta convencional. Destaca-se o crescimento de domicílios atendidos por coleta seletiva, de 49,8% para 83%.

 

Em relação à rua de acesso dos domicílios, os percentuais são similares em ambos os anos: cerca de 95% delas eram asfaltadas e tinham iluminação; por volta de 91% tinham calçadas; e pouco mais de 77% apresentavam drenagem pluvial. Além disso, a percepção de policiamento regular passou de 53,1% dos domicílios em 2018 para 65,8% em 2021. Tais resultados apontam para uma quase universalização dos serviços públicos e da infraestrutura urbana.

 

 

Confira o sumário executivo e o relatório completo da análise comparativa

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