Em 2021, 1.568.114 mulheres residiam na capital federal
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, nesta quinta-feira (01), o sumário executivo do estudo “Mulheres e desigualdades de gênero em tempos de pandemia”. A publicação faz parte da segunda edição da série Retratos Sociais DF, que apresenta análises sociodemográficas e socioeconômicas dos seguintes recortes da população a partir de dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2021: crianças; jovens; mulheres; idosos; negros; pessoas com deficiência e LGBTQIA+.
O estudo apresenta o perfil sociodemográfico da população feminina do Distrito Federal, comparando os dados entre homens e mulheres em aspectos como educação, responsabilidade pelo domicílio e arranjo familiar, trabalho remunerado e não remunerado e segurança alimentar e nutricional, sob a perspectiva das desigualdades de gênero.
Perfil sociodemográfico – Em 2021, 1.568.114 mulheres residiam na capital federal, correspondendo a 52,1% dos moradores. Mais da metade da população feminina se declarava negra (55,1%).
A maioria da população feminina (47,2%) convivia com cônjuge ou companheiro(a). Nas classes mais altas, estavam as maiores proporções de mulheres casadas: 56% delas nas classes A e B1. Em contrapartida, 52,8% das mulheres na classe DE eram solteiras.
Educação – Em 2021, a proporção de mulheres de 25 anos ou mais com ensino superior completo era maior que a de homens nas classes mais baixas, com exceção da classe DE, na qual a proporção era a mesma para ambos (2%). Nas classes mais altas, observou-se o contrário.
Domicílio e arranjo familiar – Cerca de 38% dos domicílios em 2021 eram chefiados por mulheres, frente aos 45% chefiados por homens. Entre as responsáveis pela família, a maioria se encontrava em arranjos monoparentais femininos (28,5%).
Na análise por classe social, observou-se que a menor proporção de mulheres chefes de domicílio era na classe A (19,9%) e a maior proporção na classe DE (49,6%). Além de se concentrarem nas classes mais baixas, 30,4% dos domicílios com arranjos monoparentais femininos encontravam-se sob a responsabilidade exclusiva de mulheres negras.
No geral, havia mais domicílios em que as mulheres são responsáveis pela família e compartilham essa responsabilidade (62,3%) do que aqueles em que elas são responsáveis e não a compartilham com cônjuge ou companheiro(a). No entanto, os domicílios nos quais a responsabilidade é compartilhada concentravam-se nas classes mais altas.
Trabalho remunerado e não remunerado – No DF, 51,6% das mulheres estavam trabalhando em 2021. A maioria delas estavam ocupadas no mercado de trabalho formal (75,1%). Entre aquelas ocupadas informalmente, 24% eram negras. A taxa de desemprego entre as mulheres (14,5%) era quase o dobro da taxa observada entre os homens (7,9%). Analisando por renda, na classe DE, o trabalho doméstico absorvia 28,6% das mulheres.
Em relação ao trabalho não remunerado, a proporção de mulheres que realizavam afazeres domésticos (84,5%) era superior a de homens (70,8%). Em média, elas gastam aproximadamente sete horas semanais a mais em cuidados com o lar do que eles.
Insegurança alimentar – Em 2021, a insegurança alimentar atingia principalmente aquelas que eram responsáveis pelo lar e de classes mais baixas. Na classe DE, 16,7% dos domicílios chefiados por mulheres encontravam-se em situação de insegurança grave.
Acesse aqui o Sumário Executivo – Mulheres
Assista aqui a apresentação do sumário no Youtube
Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal
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