04/12/2024 às 08h23 - Atualizado em 26/05/2025 às 17h41

Avanços na segurança alimentar no DF trazem perspectivas positivas para crianças pequenas

Avanços na segurança alimentar no DF trazem perspectivas positivas para crianças pequenas

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Estudo destaca que ações públicas têm promovido maior acesso a alimentos de qualidade

 

A segurança alimentar nos domicílios do Distrito Federal com crianças de 0 a 6 anos tem apresentado avanços significativos, conforme o suplemento de pesquisa Insegurança alimentar em domicílios com crianças na primeira infância, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF). Em 2021, 69,3% desses lares estavam em situação de segurança alimentar, demonstrando resultados promissores para o desenvolvimento infantil nessa faixa etária.

 

Entre os lares com crianças de 0 a 6 anos, os melhores índices de segurança alimentar foram observados na classe A, onde 95% das famílias conseguiram manter acesso estável a alimentos de qualidade. Por outro lado, 30,7% dos domicílios ainda enfrentam algum nível de insegurança alimentar.

 

O estudo aponta que a maior parte dos lares em insegurança alimentar é chefiada por mulheres negras (41,5%), seguidas por mulheres não negras (29,9%), homens negros (25,3%) e homens não negros (19,8%). Em relação à insegurança alimentar grave, os percentuais também se destacam para domicílios chefiados por mulheres negras (7,4%) e não negras (5,1%), enquanto lares chefiados por homens negros apresentam 4,3%.

 

Medidas do GDF

 

O Governo do Distrito Federal está alinhado às metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 2 da ONU, que busca erradicar a fome e garantir o acesso a alimentos seguros e nutritivos para todos, conta com cerca de 100 mil famílias assistidas pelo programa Prato Cheio. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), distribui, em média, 10 mil cestas por mês, com frutas, verduras e legumes o que, além de alimentar a família, fomenta a agricultura familiar.

 

Outra iniciativa é o Cartão Gás. Atualmente, 70 mil famílias recebem o benefício para cozinhar. O GDF também oferece 17 restaurantes comunitários. Esse alinhamento demonstra que os esforços locais estão conectados a estratégias globais de desenvolvimento sustentável.

 

Sobre a pesquisa

 

Para alcançar esses resultados, o estudo utilizou a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que avalia a percepção e vivência da insegurança alimentar nos domicílios. Os dados foram coletados pela Pesquisa Domiciliar por Amostra de Domicílios de 2021 (PDAD 2021), realizada pelo IPEDF, oferecendo um panorama detalhado e essencial para orientar políticas públicas futuras.

 

O estudo “Segurança Alimentar no Distrito Federal: um panorama sociodemográfico” foi coordenado pela pesquisadora do IPEDF, Francisca Lucena. Para a coordenadora, “a fome é um problema multifatorial e o enfrentamento a curto prazo demanda ações para melhorar a renda das famílias e dar suporte para pais e mães poderem trabalhar”, disse.

 

Texto: Kaszenlem Rocha, Assessoria de Comunicação do IPEDF